“Esperando la buena voluntad”: el racismo y el lugar del sujeto en el sistema de salud pública brasileño

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Milena Dórea de Almeida, Profesora
Silier Andrade Cardoso Borges, Profesor

Resumen

Este artículo toma la perspectiva del psicólogo que asiste y realiza investigaciones en los servicios de salud pública brasileños. A través de entrevistas individuales abiertas, a partir de una pregunta desencadenante, con once adultos que tuvieron un tumor del Sistema Nervioso Central en la infancia, se pretende discutir cómo las situaciones de racismo repercuten en la clínica psicológica, impactan la escucha del profesional y exigen que se posiciona en la interfaz clínico-política de la institución en la que opera. Como resultado, trae algunos discursos recogidos en las entrevistas que ejemplifican temas discriminatorios y discute desde las conceptualizaciones del psicoanálisis freudiano y la filosofía de Foucault, Agamben y Mbembe. Reflexiona sobre las intervenciones del psicólogo para rechazar la perpetuación del racismo en el manejo de los casos tratados y defiende que esa no es su función exclusiva. Así, destaca el rol social del profesional de la salud que necesita ser discutido en la formación académica para que todos puedan involucrarse en la ruptura de narrativas y acciones discriminatorias.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Palabras clave
Racismo, Servicios de Salud Pública, Psicoanálisis Aplicado, Formación de los Profesionales de la Salud
Sección
Artículos originales

Referencias

Agamben, G (2002). A politização da vida. In: G. Agamben. Homo sacer I: o poder soberano e a vida nua (H. Burigo, trad.). Belo Horizonte, MG: Editora UFMG, pp. 125-131.
Almeida, M. (2020). Sobreviventes de câncer infanto-juvenil: contribuições da psicanálise e novos dispositivos clínicos. São Paulo, SP: Editora Zagodoni.
Almeida, M. D. (2011). A criança com tumor de sistema nervoso central: considerações da psicanálise para a área da saúde. Dissertação de Mestrado, Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-04062012-110150/pt-br.php
Almeida, S. (2020). Racismo estrutural (Série Femininos Plurais). São Paulo, SP: Sueli Carneiro; Editora Jandaíra.
Braga, A. P. M. (2015). Os muitos nomes de Silvana: contribuições clínico-políticas da psicanálise sobre mulheres negras. Tese Doutorado, Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-10052016-104955/ pt-br.php
Campos, R. & Campos, G. (2006). Co-construção de autonomia: o sujeito em questão. In: G. Campos, M. Minayo, M. Akerman, M. Drumond Júnior & Y. Carvalho (orgs.) Tratado de Saúde Coletiva. São Paulo, SP: Editora Hucitec/Fiocruz.
Conselho Federal de Psicologia (2005, agosto). Código de ética profissional do psicólogo. Brasília, DF. Recuperado https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2012/07/codigo-de-etica-psicologia.pdf
Fanon, F. (2008) Pele negra, máscaras brancas (R. Silveira, trad.). Salvador, BA: EDUFBA.
Ferreira, M. (2017, 17 de abril). O médico disse que era frescura, mas meu filho estava com câncer [Depoimento a Vivian Ortiz]. Universa. Recuperado de https://www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/2017/04/17/o-medico-disse-que-era-frescurinha-mas-meu-filho-estava-com-cancer.htm.
Fontanella, B., Ricas, J. & Turato, E. (2008, janeiro). Amostragem por saturação em pesquisas qualitativas em saúde: contribuições teóricas. Cad. Saúde Pública. Rio de Janeiro, RJ, 24(1), p. 17-27. Recuperado de http:// www.scielo.br/pdf/csp/v24n1/02
Foucault, M. (1995). Microfísica do poder. (R. Machado, rev.). Rio de Janeiro, RJ: Edições Graal (Trabalho original publicado em 1979).
Foucault, M. (1999) Aula de 17 de março de 1976. In: M. Foucault. Em defesa da sociedade: curso no Collège de France (M. E. Galvão, trad., pp. 285-315). São Paulo, SP: Martins Fontes (Trabalho original publicado em 1976).
Freud, S. (1996) Além do princípio de prazer. In Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. (J. Salomão trad., vol. XVIII, p. 13-75). Rio de Janeiro: Imago. (Trabalho original publicado em 1920).
Gondar, J. (2017). Brasil: um racismo desmentido. In: M. Arreguy, M. B. Coelho & S. Cabral. Racismo, capitalismo e subjetividade: leituras psicanalíticas e filosóficas (pp. 47-58). Niterói, RJ: Eduff.
Hardt, M. & Negri, A. (2016) De corpore 1: a biopolítica como acontecimento. In: M. Hardt & A. Negri. Bem estar comum. (C. Marques, trad., 1ª. ed., p. 80-89) [versão digital]. Rio de Janeiro, RJ: Record
Jesus, C. M. (2014). Quarto de despejo: diário de uma favelada (10ª. ed.). São Paulo, SP: Ática (Trabalho original publicado em 1960)
Kehl, M. R. (2011). Sua única vida. In: M. C. Perdomo & M. Cerruti (orgs). Trauma, memória e transmissão: a incidência da política na clínica psicanalítica (p. 48-57). São Paulo: Primavera Editorial.
Lucchese, G. (entrevistado) (2015, 8 de janeiro). Saúde pública no Brasil ainda sofre com recursos insuficientes. Câmara Notícias: Saúde. Recuperado em 12 de janeiro de 2020, de http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/ SAUDE/480185-SAUDE-PUBLICA-NO-BRASIL-AINDA-SOFRE-COM-RE - CURSOS-INSUFICIENTES.html
Luna, L. (2009). “Fazer viver e deixar morrer”: a má-fé da saúde pública no Brasil. In: J. Souza (org.). Ralé brasileira: quem é e como vive. (p. 305-327). Belo Horizonte, MG: Editora UFMG.
Mbembe, A. (2016, dezembro). Necropolítica (R. Santini, trad.). Arte & Ensaios: revista do PPGAV/EBA/UFRJ, 32, pp. 122-151.
Mbembe, A. (2018). Crítica da razão Negra (S. Nascimento, trad.). São Paulo, SP: N-1 edições.
Ministério da Saúde (2014, novembro). Campanha mobiliza a população contra o racismo no SUS. Brasília: Blog da Saúde. Recuperado de: http://www.blog.saude.gov.br/34777-campanha-mobiliza-a-populacao-contra-o-racismo-no-sus.html
Moretto, M. L. T. (2006). O psicanalista num programa de transplante de fígado: a experiência do “outro em si”. Tese de Doutorado, Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo: São Paulo.
Munanga, K. (2018). Prefácio. In: L. Cardoso & T. M. P. Müller (orgs.). Branquitude: Estudos sobre a Identidade Branca no Brasil. Curitiba, PR: Editora Appris
Paim, J. S. (2009). O que é o SUS. Rio de Janeiro, RJ: Editora Fiocruz.
Prado Filho, K. & Martins, S. (2007). A subjetividade como objeto da(s) psicologia(s). Psicologia & Sociedade, 19(3), 14-19. Recuperado de: https://doi.org/10.1590/S0102-71822007000300003
Resolução nº 466 (2012, 12 de dezembro). Diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Brasília, DF: Conselho Nacional de Saúde. Recuperado de http://conselho.saude.gov. br/resolucoes/2012/Reso466.pdf
Resolução nº 510 (2016, 07 de abril). Normas aplicáveis a pesquisas em Ciências Humanas e Sociais. Brasília, DF: Conselho Nacional de Saúde. Recuperado de http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2016/Reso510.pdf
Ribeiro, D. (2020). Apresentação. In: S. Almeida. Racismo estrutural (Série Femininos Plurais). São Paulo, SP: Sueli Carneiro; Editora Jandaíra.
Rosa, M. D., Berta, S. L., Carignato, T. T., & Alencar, S. (2009). A condição errante do desejo: os imigrantes, migrantes, refugiados e a prática psicanalítica clínico-política. Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, 12(3), 497-511. Recuperado de: https://doi.org/10.1590/S1415-47142009000300006
Rosa, M. D., Estêvão, I. R. & Braga, A. P. M. (2017) Clínica psicanalítica implicada: conexões com a cultura, a sociedade e a política. Psicologia em estudo, 22 (3), 359-369. Recuperado de: https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/PsicolEstud/article/view/35354/pdf
Rosa, M. & Gagliato, M. (2011). Traumas, heróis e resistências e psicanalistas. In: M. C. Perdomo & M. Cerruti (orgs.), Trauma, memória e transmissão: a incidência da política na clínica psicanalítica (p. 80-96). São Paulo, SP: Primavera Editorial
Silva, M. L. (2017). Racismo no Brasil: questões para psicanalistas brasileiros. In: N. M. Kon, M. L. Silva & C. C. Abud (orgs.). O racismo e o negro no Brasil: questões para a psicanálise (p. 71 - 75). São Paulo, SP: Perspectiva.
Souza, N. S. (1990) Tornar-se negro ou as vicissitudes da identidade do negro brasileiro em ascensão social [versão digital]. São Paulo, SP: Editora Paz e Terra.
Turato, E. (2008). Tratado da metodologia da pesquisa clínico-qualitativa: construção teórico-epistemológica, discussão comparada e aplicação nas áreas da saúde e humanas. (3ª ed.) Campinas, SP: Editora Vozes.
Vannuchi, M. B. (2017). Violência nossa de cada dia: o racismo à brasileira. In: N. M. Kon, M. L. Silva & C. C. Abud (orgs.). O racismo e o negro no Brasil: questões para a psicanálise (p. 59 - 70). São Paulo, SP: Perspectiva.